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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Silêncio




















Porta fechada, luzes apagadas, silêncio
Escuta-se um som,
as batidas de um coração,
de um velhos relógio pendurado na parede,
de um gato sobre o telhado
Comum seria se não surgisse o ensurdecedor som
Aquele a que muitos temem
 O qual muitos não aproveitam de forma correta
O som de um pensamento
A imagem de nós mesmos projetada em palavras e cores pulsantes
Por que ser tão assustador ouvir o som do silêncio?
Pode ser o fato de nos darmos conta que nunca há silencio, quando se há vida
A vida existente em cada um
Mas porque temer o encontro consigo?
Por que relutar ouvir-se e ver-se de olhos fechados?
Sem não nos conhecermos por inteiro, fica difícil afirmar que conhecemos ao outro
Escutar o silencio pode ser não silenciar diante de si mesmo

Laura Juliana

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

NEOQEAV
Um dia sem querer
Vi o que nunca pensei enxergar
Um coração pra me acolher
Me vi inteira em outro olhar
Seu sorriso me furtou
Suas palavras me envolveram
Tua presença iluminou
Sentimentos nasceram

Te vi, me encontrei
Só consigo dizer
que não há palavras que descrevam o que sinto por você

Queria te fazer uma canção
uma melodia que te embalasse onde estivesse
Sei que é pura pretensão, mas não consigo me ver longe
 dos teus pensamentos
Por que você está em mim
em todos os momentos
Teu sorriso, tua voz, nos meus pensamentos
Quero apenas dizer que te amo
 sem palavras
Ser todos os dias pra você a pessoa que sonhava


Te vi, me encontrei
Só consigo dizer
que não há palavras que descrevam o que sinto por você

Você me completa
Você faz parte dos meus planos
Quando se encontra a pessoa certa
não tem porque temer, não há enganos
Quero te ter como amigo, inverno e verão
Quero te ama, ter você comigo em qualquer estação

Te vi, me encontrei
Só consigo dizer
que não há palavras que descrevam o que sinto por você

Nunca Esqueça O Quanto Eu Amo Você

Laura Juliana

sexta-feira, 12 de novembro de 2010



O que perdemos?
Será que perdemos?
Os amigos, amores, momentos, as flores?
Ficam na curva? Nos acompanham por todo caminho?
Na vida, que não tem retas ,muitos ficaram num tempo que não tem volta
Mas que não saem da memória, história, vida
Não são lamentos, não devem ser tormentos
Mas vida
Uma vida vivida, sentida, tocada, ouvida, assistida, degustada,
Como as palavras que saem a boca, que não voltam, mas permanecem nas mentes e corações de quem tocou
Arrependimentos! De que, quando não há tempo de voltar a traz?
Escolhas! Essas sim, fazer diferente, para isso há tempo
Tempo de mudar, de reencontrar, de ver, sentir, tocar, ouvir, cultivar,
Pois “somos responsáveis por aqueles que cativamos”
Do mais, só vale VIVER

Laura Juliana

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Em cima dos muros, estão os fracos
Ao lado deles, dominados e dominadores
Derrubando os muros, estão os fortes,
ou pelo menos, os sonhadores.

Laura Juliana


segunda-feira, 4 de outubro de 2010



Democracia
Utopia
 Miopia
Demagogia
Hipocrisia
Palavras que se completam em rimas e realidade
Somos sociedade, a constituímos, a alimentamos

Laura Juliana

quarta-feira, 22 de setembro de 2010



O que são os sonhos?
Utopias de mentes ingênuas?
Loucura de corações inquietos?
Ilusão de pés fora do chão?
Incerteza que nos impulsiona?
Certeza que dá sentido a ações no presente?
Não sei
Talvez seja tudo isso
Talvez seja nada disso
Só sei que os tenho

Laura Juliana

segunda-feira, 20 de setembro de 2010



O mar me apontava uma única direção, a do infinito de sua existência
Mas timidamente molhei meus pés, como quem não quisesse confrontá-lo em sua imensidão
Era apenas eu, o mar e meus pensamentos
Palavras que vão e vem como ondas que se desfazem na areia a medida que o vento as modela
Era apenas eu, o mar e meus sentimentos
A verde cor terciária do azul celeste das águas com o amarelo sol
Ofuscaram algumas palavras com sua beleza
E a natureza que havia em mim silenciou por inteiro, pensamento, movimento
Fui envolta pelo encantamento da vida pulsante das águas
E ao imaginar ouvir o tocar do sol na sua imensidão mergulhei
Pensamento, movimento, eu e o mar, só por alguns instantes de paz

Laura Juliana

domingo, 19 de setembro de 2010

Metamorfose do olhar



Na metamorfose do olhar
Me perco nas cores que não vejo
Me acho nos lábios que beijo
Me apago em cada vão desejo

Caminhando sobre histórias já escritas
Me perco nos atalhos dos meus sonhos
Me acho no labirinto dos teus olhos
Me apago no despertar de um novo dia

E o tempo que vai, aplaca
O tempo que vem, desperta
E a cada dia é o fim do mundo

Para o tempo que se perde
Para o tempo que não acho
Para a vida que se apaga

E a cada novo olhar, me encontro
A cada novo dia, desperto
A cada nova história, me conto

Enquanto na eternidade do tempo do mundo que se apaga
O meu relógio ainda bater, a cada amanhecer

Laura Juliana 20/01/2010

Música: a arte dos que buscam a paz!



Faço Arte naïf, sou amante do que me toca, me completa e emociona, a música.
Sons, tons, melodias, palavras cantadas, uma poesia embalada pela criatividade, por sentimentos que são compartilhados a medida que interpretados com o coração.

Eu


Meu eu afirmado no outro que se encontra em mim e me completa
Em minha individualidade coletiva
Minha novidade assustadora
Minha potencialidade reprimida

O outro que me permite ser eu
Nos seus desejos compartilhados
Em meus desejos escutados
Minhas vontades divididas

Em meio a uma sociedade que padroniza
Uma escola que neoliberaliza
Uma geração que se eternizar, ou pelo menos tenta nos unificar
Apagando o meu eu, me apontando o futuro, tentando roubar o meu presente
Me ensinando que o conhecimento é para sobreviver não para viver

Quero ser somente eu, na minha juvenatitude
Nas minhas roupas, gírias, músicas, pinturas, loucuras, razões e utopias que são minhas
Meu tom, meu som, minha melodia, meu viver cada dia
Ser somente eu
Agora!!!

Laura Juliana, 2010 (às Juventudes)