Páginas

quarta-feira, 22 de setembro de 2010



O que são os sonhos?
Utopias de mentes ingênuas?
Loucura de corações inquietos?
Ilusão de pés fora do chão?
Incerteza que nos impulsiona?
Certeza que dá sentido a ações no presente?
Não sei
Talvez seja tudo isso
Talvez seja nada disso
Só sei que os tenho

Laura Juliana

segunda-feira, 20 de setembro de 2010



O mar me apontava uma única direção, a do infinito de sua existência
Mas timidamente molhei meus pés, como quem não quisesse confrontá-lo em sua imensidão
Era apenas eu, o mar e meus pensamentos
Palavras que vão e vem como ondas que se desfazem na areia a medida que o vento as modela
Era apenas eu, o mar e meus sentimentos
A verde cor terciária do azul celeste das águas com o amarelo sol
Ofuscaram algumas palavras com sua beleza
E a natureza que havia em mim silenciou por inteiro, pensamento, movimento
Fui envolta pelo encantamento da vida pulsante das águas
E ao imaginar ouvir o tocar do sol na sua imensidão mergulhei
Pensamento, movimento, eu e o mar, só por alguns instantes de paz

Laura Juliana

domingo, 19 de setembro de 2010

Metamorfose do olhar



Na metamorfose do olhar
Me perco nas cores que não vejo
Me acho nos lábios que beijo
Me apago em cada vão desejo

Caminhando sobre histórias já escritas
Me perco nos atalhos dos meus sonhos
Me acho no labirinto dos teus olhos
Me apago no despertar de um novo dia

E o tempo que vai, aplaca
O tempo que vem, desperta
E a cada dia é o fim do mundo

Para o tempo que se perde
Para o tempo que não acho
Para a vida que se apaga

E a cada novo olhar, me encontro
A cada novo dia, desperto
A cada nova história, me conto

Enquanto na eternidade do tempo do mundo que se apaga
O meu relógio ainda bater, a cada amanhecer

Laura Juliana 20/01/2010

Música: a arte dos que buscam a paz!



Faço Arte naïf, sou amante do que me toca, me completa e emociona, a música.
Sons, tons, melodias, palavras cantadas, uma poesia embalada pela criatividade, por sentimentos que são compartilhados a medida que interpretados com o coração.

Eu


Meu eu afirmado no outro que se encontra em mim e me completa
Em minha individualidade coletiva
Minha novidade assustadora
Minha potencialidade reprimida

O outro que me permite ser eu
Nos seus desejos compartilhados
Em meus desejos escutados
Minhas vontades divididas

Em meio a uma sociedade que padroniza
Uma escola que neoliberaliza
Uma geração que se eternizar, ou pelo menos tenta nos unificar
Apagando o meu eu, me apontando o futuro, tentando roubar o meu presente
Me ensinando que o conhecimento é para sobreviver não para viver

Quero ser somente eu, na minha juvenatitude
Nas minhas roupas, gírias, músicas, pinturas, loucuras, razões e utopias que são minhas
Meu tom, meu som, minha melodia, meu viver cada dia
Ser somente eu
Agora!!!

Laura Juliana, 2010 (às Juventudes)