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quinta-feira, 24 de março de 2011


Andei pelo escuro e não senti medo
Era minha casa, era meu eu em concreto
Meus traços pelas paredes ásperas em que corria minhas mãos, com a certeza de encontrar a maçaneta correta
Bati-me em objetos, uma cadeira, a mesa, tropecei num sapato, era a conhecida bagunça de um dia corrido. Coisas espalhadas, que alívio, a normalidade da minha rotina pulsante.
Abri a gaveta, vi com as mãos a peça que buscava, me vesti. Andei em direção a cama, apalpei o mosquiteiro, arrumei-o corretamente e me deitei.
Estava em casa, ouvia a respiração dos que dormiam e me senti ainda mais protegida, por não estar sozinha.
A mensagem esperada chegou, mais um sinal de um dia terminado bem. Guardei-me em minhas orações, na esperança de uma novo dia, uma nova noite e novos pensamentos de paz.

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